A Falácia da questão Ota versus Margem Sul
Os vossos filhos e netos dirão:«Mas que pouco inteligentes eram os nossos pais e avós! Andaram a decidir a construção de um aeroporto durante 35 anos e não conseguiram evitar o erro: acabaram construindo um que só durou 30, quando podiam ter um para 75 anos! E agora temos outra vez o problema nas mãos!».
Os vossos filhos e netos saberão por que Portugal nunca deixou de ser comparativamente atrasado e periférico.
Os vossos filhos e netos responsabilizar-vos-ão impiedosamente.
Ref. GOGPMMOP05052007
Exmo. Sr. Primeiro-Ministro,
Exmo. Sr. Ministro das Obras Públicas:
Gostava de transmitir a V. Exas. um pensamento muito simples, tributário do estudo que muitos especialistas fizeram sobre a questão do Novo Aeroporto da Estremadura Portuguesa:
A discussão não é «Ota ou Margem Sul?».
É que para a Margem Sul toda a gente já sabe que temos de ir quando a Ota saturar. Lá que alguns não queiram pensar nisso...
Mas o futuro há-de vir, por mais força que alguns façam para que não venha.
A questão é sim:
Se vamos já para a Margem Sul e construímos lá faseadamente um único aeroporto ampliável, capaz de, juntamente com a Portela, chegar para o tráfego de passageiros dos próximos 3 quartos de século, sem ser necessário construir mais nenhum entretanto,
ou
Se vamos para a Ota gastar recursos preciosos, e a seguir, quando a Ota saturar, construímos na Margem Sul (se ainda houver espaço!) o aeroporto que agora tantos querem pôr de lado por alegadas questões ambientais, de segurança, de ordenamento de território.
Sr. Primeiro-Ministro e Sr. Ministro das Obras Públicas:
Margem Sul:
Já (poupando um aeroporto pelo meio), ou daqui a 30 anos?
Tendo em conta a necessidade de construir no futuro um grande aeroporto num lugar onde ele caiba, valerá a pena ir para a Ota construir primeiro um aeroporto limitado a duas pistas?
V. Exas. decidem.
Que seja a bem de Portugal e dos portugueses.
Respeitosos cumprimentos do cidadão e compatriota
Gabriel Órfão Gonçalves
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